Baixa autoestima - um sintoma comum a todos que sofrem de borderline
A autoestima está diretamente relacionada com as primeiras relações afetivas. A forma como os pais se relacionam com os filhos é determinante para que as crianças aprendam a valorizar-se na medida certa, independentemente das suas competências e das frustrações por que possam passar. Quando um pai ou uma mãe mostra o seu amor incondicional de forma clara, quando valoriza as necessidades afetivas da criança e quando responde com afeto à maior parte dos seus apelos (mesmo que seja para dizer “Não”), semeia o amor-próprio e a segurança emocional.
É infinitamente mais provável que uma criança encontre os recursos para dar a volta a um problema ou aprenda a lidar com aquilo que a entristece se, a cada desilusão ou frustração, não questionar o seu próprio valor. E, essa forma de olhar para si mesma estender-se-á à vida adulta
A baixa autoestima é de certa forma, uma característica comum às pessoas que se sentem inadequadas consigo mesmas, com os outros, e com a vida em geral. Manifesta uma ausência de maturidade emocional, e utilização inadequada do poderoso potencial da mente. Revela-se a existência de traumas, de crenças profundas auto-sabotadoras, assim como um enraizamento de demasiadas regras internas, que não permitem a expansão da pessoa em todas as áreas de vida.
Libertando a baixa auto-estima, é possível co-criar uma nova realidade interna e externa. Os resultados pouco satisfatórios na nossa vida, levam-nos por vezes a acreditar que não temos "o poder" interno para conseguir "mudar o mundo que nos rodeia". No entanto é possível reverter os resultados a nosso favor, mudando o nosso foco, mudando as verdades, mudando as regras, mudando a ação, mudando a intenção, mudando a visão, mudando a percepção, mudando a direção, e ressignificando tudo o que nos acontece de menos positivo.
Todas estas mudanças internas, se tornarão numa prova viva de que é possível obter resultados surpreendentes, e que é atingivel a co-criação de uma nova realidade interna e consequentemente externa. Logo após de se iniciarem tentativas de pequenas implantadoras de mudança, e treinamento de novas habilidades internas, todos os resultados começarão a ser diferentes, mais adequados e satisfatórios.
Os bloqueios internos, manifestam-se através de medos inconscientes auto-sabotadores, padrões profundamente enraizados aparentemente difíceis de mudar. A rejeição do confronto com as nossas dores mais profundas, e acima de tudo pela rejeição da responsabilização pela própria mudança, impede-nos de alcançar as metas que gostariamos de atingir. Apenas assumindo um papel ativo e responsável sobre uma mudança interna, se tornará possível mudar a nossa realidade externa.
A falta de autoestima resulta da falta de autoconhecimento e de feridas e bloqueios emocionais.
Se nos conhecermos nas várias dimensões do Ser, teremos uma maior consciencia de quem somos, logo tornamo-nos seguros. Havendo acesso a mais recursos internos, há a possíbilidade de alcançar maior confiança em nós e aumentar a autoestima.
O conhecimento de nós mesmos passa por várias vertentes do Ser:
- Emocional - inteligência emocional
- Psicológico - inteligência mental/e relações interpessoais
- Comportamental - consciência corporal/físico – desporto e alimentação
- Motivacional e energético - consciência espiritual e motivacional
O nosso potencial é infinito e ilimitado, no entanto devido a bloqueios ele é utilizado, na maioria das vezes, como uma forma de auto-sabotagem e auto-destruição. A força e energia que normalmente utilizamos para nos desmoralizar e derrubar, é a mesma energia, força e impulso que poderia ser utilizada para nos catapultar para altos voos.
Características das pessoas com baixa autoestima
- Ausência de credibilidade em si mesma;
- Assumir culpas por tudo o que lhe acontece, achando-se vitima do mundo e que todos estão contra si ou tentar sempre justificar-se e encontrar um culpado para tudo;
- Ter baixo rendimento, não acreditar que tem capacidade para conquistar uma boa vida e não agir no sentido de evoluir e se auto-aperfeiçoar;
- Não criar objectivos de realização emocional, pessoal, relacional e profissional;
- Ignorar as suas aptidões mentais, comportamentais, motivacionais e relacionais;
- Não se questiona sobre novas formas e métodos para solucionar e resolver situações de conflito (submissão ou agressividade excessiva);
- Conformar-se com pouco ou nada, achando que é o que merece, estagnando na vida e nada fazer para se melhorar e confiar que merece mais;
- Não tem iniciativa para actividades de desenvolvimento e realização pessoal, social e profissional, sempre surge a desculpa da falta de tempo;
- Medo de não ser aprovada social e profissionalmente, não ter consciência do seu real valor;
- Ver-se através dos olhos dos outros, quando dizem "és boa pessoa" fica feliz, e quando chamam de "incompetente, sente-se miserável. O facto de não ter a consciência do valor, acha que é o que os outros dizem sobre si e deixa que exerçam poder sobre si;
- Muitas vezes revelam-se ser pessoas muito qualificadas e competentes, no entanto não conseguem a realização pessoal e profissional, por não terem consciência do seu próprio valor e não terem força interior para se apresentarem adequadamente e assim saberem passar com objectividade as suas competências e habilidades;
- Nos relacionamentos é muito comum a submissão ou então a manipulação como uma forma de manifestação da baixa autoestima.
Métodos de desenvolver a autoestima e auto-motivação
- autoconhecimento
- manter-se em forma física (gostar da imagem refletida no espelho)
- identificar as qualidades e não só os defeitos
- aprender com a experiência passada
- tratar-se com amor e carinho
- ouvir a intuição (o que aumenta a autoconfiança)
- manter diálogo interno
- acreditar que merece ser amado(a) e é especial
- fazer todos os dias algo que o deixe feliz. Pode ser coisas simples como dançar, ler, descansar, ouvir música, caminhar.
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