É difícil explicar a alguém o que é o sentimento de vazio. Não tem a ver com ter ou não dinheiro. Ser mais rico ou mais pobre. Uma pessoa pode ter tudo que necessita e, no entanto, sentir um profundo vazio em seu interior. Sentir-se vazio é pensar que a existência não tem sentido, mesmo quando o nosso ambiente nos mostra exatamente o contrário.
Poucos estados vitais são tão paralisantes como o vazio emocional. Apesar do “vazio” ser descrito como ausência de algo, no campo da psicologia esta dimensão se define por um sofrimento, um mal-estar e uma profunda tristeza. A frustração pessoal, a dor de uma infância complicada, o fracasso ou mesmo o stresse e a ansiedade podem evoluir para este buraco negro existencial.
O vazio, emoções intensas e a angústia do borderline têm de ser preenchidas de alguma forma e por isso não se estranha:Uma vulnerabilidade maior para álcool e drogas ilícitas
- Promiscuidade e comportamentos de risco sexuais
- Auto-mutilações
- Bulimia e alterações do comportamento alimentar
- Comportamentos sociais com actos de grande teatralidade e apelativos
- Múltiplas tentativas de suicídio
- Risco aumentado para Hepatites (B e C) e SIDA
- Morte precoce
A pessoa não quer parar para pensar neste sentimento que lhe faz mal e angustia. É um vazio quase que insuportável, pois não se pode suportar aquilo que não se compreende. Quando uma pessoa se sente vazia, é como se uma série de emoções negativas decidissem se juntar, ganhar força e, em conjunto, desencadear uma espécie de “engessamento”. Surge então a desilusão, a insatisfação com a vida, a angústia aliada a uma tristeza sem motivo aparente. Esta luta contra o vazio emocional não é fácil. Entretanto, deve ser detectada e ser combatida. Mas como?
Algumas perguntas devem ser feitas inicialmente, como: o que me traz satisfação? Quais atividades me dão prazer? Quais são as minhas vontades ou interesses? Consigo sentir felicidade em algum momento do dia? A dificuldade em responder tais perguntas pode significar que existam bloqueios relacionados à própria vida. Comece a valorizar o que você tem. Não se trata de ser conformista, mas de aceitar a realidade tal como é. Concentre-se naquilo que lhe faz sentir bem, potencialize as suas virtudes e não se deixe dominar pelos seus defeitos. Seja consciente de que a perfeição não existe; temos pontos positivos e negativos. Valorize os positivos e vá corrigindo o que não está bom com o tempo
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