A perturbação de personalidade Borderline, é um transtorno mental grave com sérias oscilações de humor e impulsividade. Uma pessoa com o diagnóstico borderline possui hiperatividade emocional em que estão constantemente sobre a carga de emoções muito intensas e dificuldade em lidar com as próprias emoções
4 regras para lidar com alguém com borderline
1. Não leve tudo para o pessoal
Procure não levar para um lado pessoal tudo o que diz alguém com borderline, pois o que ele ou ela fala pode ter outras funções que não magoar você como, por exemplo, desviar-se de um assunto delicado sobre o qual se esteja conversando, obter atenção (lembre-se de que a pessoa com borderline precisa muito se sentir amada) ou, simplesmente, esvaziar alguma frustração.
Por outro lado, isto não significa que nunca se deva prestar atenção ao que diz o portador de transtorno de borderline.
2. Clareza sempre
Seja claro no que pedir à pessoa com este transtorno: mensagens mais breves, menos carregadas de emoções e objetivas frequentemente facilitam a comunicação. Sermões e argumentações, por outro lado, podem aumentar a irritação e levar a discussões infrutíferas ou mesmo a agressões.
3. Aja com coerência
Seja coerente e consequente no que você espera do indivíduo com borderline: o que você aprova ou o que desaprova não podem ficar constantemente mudando, pois isto tende a aumentar a instabilidade da relação. Se hoje você acha um comportamento aceitável, não a puna amanhã pelo mesmo comportamento e, se agora algo for inaceitável, não deve ser diferente daqui a uma hora.
4. Conheça seus limites
Conheça seus próprios limites e os estabeleça: por mais que ame alguém, ultrapassar seus próprios limites, além de trazer sofrimento para você mesmo, pode interferir negativamente em seu relacionamento com a pessoa com borderline. O excesso de dedicação e paciência, além de seus limites, podem levar a raiva e agressões de sua parte ou mesmo a um completo desânimo que vai impedir você de continuar a ajudar.
Borderline e situações de crise
Em situações de crises de raiva, agressão ou auto-agressão, procure ter em mente que seu ente querido possui um problema sobre o qual não possui total controle e que também sofre muito por causa disto. Esta postura pode diminuir seus sentimentos de raiva e frustração e ajudar a lidar com a crise.
Cada crise pode ter características e origens diferentes e você precisará, provavelmente, de orientação profissional para aprender a lidar melhor com elas. Aliás, em relação a este aspecto, é importante que você seja atendido por um psicoterapeuta, tanto para aprender a lidar melhor com seu ente querido como para cuidar de si mesmo.
Finalmente, não basta aprender a lidar com as crises agudas mas, entendendo suas origens, procurar preveni-las: transtornos de personalidade não têm uma cura propriamente dita, mas é totalmente possível que ao proporcionar um ambiente adequado e ao aprender a lidar com a pessoa portadora de borderline, ela tenha longos períodos de melhora e, com o tempo, os problemas vão se amenizando.
O papel da família:
Uma característica importante é saber manter um ambiente domiciliar calmo e tranquilo. “A pessoa com BPD é prejudicada em sua capacidade de tolerar o stresse no relacionamento (ou seja, a rejeição, críticas, discordâncias) e pode, portanto, se beneficiar de um ambiente calmo em casa. É fundamental ter em mente o quanto que as pessoas com BPD lutam emocionalmente a cada dia. Apesar de sua experiência interna pode ser difícil de explicar o que sentem.
Para ajudar um amigo ou parente:
Oferecer apoio emocional, compreensão, paciência e encorajamento podem ser difíceis e assustadores para as pessoas Borderline, mas é possível para eles melhorarem ao longo do tempo. Você pode ajudar um amigo ou parente:
- Informando-se mais sobre transtornos mentais, incluindo a Perturbação Borderline, para que possas entender o que o teu amigo ou parente está experimentando.
- Com autorização do amigo ou amado, converse com seu psicólogo para aprender sobre terapias que podem envolver membros da família. Alternativamente, pode incentivar o ente querido que está no tratamento a perguntar sobre terapia familiar.
- Procura orientação no teu próprio psicólogo sobre como ajudar um amigo borderline. Não é recomendado que faça terapia com o mesmo terapeuta que seu ente querido.
- Nunca ignore comentários sobre a intenção ou mesmo comentário de alguém que deseja ou planeja prejudicar a si mesmo ou a outra pessoa. Informe esses comentários para o psicólogo ou médico da pessoa. Em situações urgentes ou potencialmente ameaçadoras de vida, informe a policia.
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