O que é a ansiedade?



Se eu tivesse que escolher uma só palavra para descrever ansiedade patológica, seria sem duvida MEDO.
Quase totalidade dos doentes com borderline sofrem de transtorno de ansiedade.

A coisa é um pouco mais complicada que isso. Vamos entender:

Transtorno de ansiedade é uma doença causada pelo excesso de a ansiedade ou medo - estados emocionais comuns do ser humano. O transtorno interfere no dia a dia da pessoa e também afeta diretamente o seu comportamento.

Este transtorno mental faz com que ela tenha pensamentos negativos e uma série de desencadeamentos de sintomas fisiológicos e emocionais que podem prejudicar a vida social e rotina. Os transtornos de ansiedade além disso, podem aumentar a chance de desencadear doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes, além de ganho de peso, gordura abdominal e aumento da pressão arterial.

Geralmente a intensidade do sintoma físico pode variar dependendo do grau e do estado de cada pessoa. Esses sintomas podem ser tão intensos que, muitas vezes, as pessoas buscam ajuda médica acreditando estar com problemas no coração ou em algum outro órgão.

Causas da ansiedade
Existem várias teorias  sobre onde e como surgiu a ansiedade. Predisposição genética, fatores ambientais e até mesmo histórico familiar são algumas das centenas possibilidades da origem da ansiedade. Apesar de não ter a mesma causa para todas as pessoas, alguns fatores são bem comuns:Fatores ambientais como pressão no trabalho e situações familiares. Esses fatores podem gerar uma preocupação constante a ponto de evoluir de uma ansiedade comum e natural para um quadro mais sério de transtorno;
Pensamentos disfuncionais e que normalmente as pessoas não conseguem avaliar se são verdadeiros ou não devido ao tempo em que esses pensamentos negativos são interiorizados na mente.
Cada indivíduo é único, tem suas experiências e gatilhos, isso nos leva à conclusão que não podemos generalizar ou então colocar em uma prateleira todas as pessoas e taxá-las. Por isso a importância da investigação e entender o que desperta a ansiedade em cada pessoa.
Como ocorre a ansiedade
Medo, pavor ou apreensão, que coloca o indivíduo em alerta e elevado nível de consciência, como se estivesse a planejar uma maneira de se livrar de uma situação perigosa, de possíveis ameaças e situações de risco da forma mais rápida possível. Funciona como uma forma de estimular o corpo para a luta ou para a fuga.
Uma parte do cérebro, chamada de sistema límbico, é a principal responsável por iniciar a cadeia química de mensagens que informa o resto do corpo sobre uma situação de perigo. Medo e ansiedade são emoções. O sistema límbico representa o sistema emocional do cérebro. Entre as muitas estruturas do sistema límbico estão o hipocampo e a amígdala.
O hipocampo é primariamente responsável por funções de memória. Durante a excitação ansiosa, o hipocampo é ativado. O envolvimento do hipocampo sugere que experiências anteriores e memórias dessas experiências podem iniciar ou aumentar os sintomas de ansiedade. De uma perspectiva de sobrevivência, isso faz sentido. Seria útil lembrarmos que ser perseguido por um urso não resultou em uma experiência agradável e deve ser evitado. De fato, certos transtornos de ansiedade estão relacionados a memórias de experiências passadas.
A amígdala é responsável principalmente por regular as emoções, como o medo. Além de regular as emoções, acredita-se que a amígdala seja responsável por detetar ameaças potenciais no ambiente e soar o "alarme" de perigo.
A amígdala leva a outra estrutura chamada hipotálamo. O hipotálamo é extremamente importante em relação à ansiedade. Serve para controlar o sistema nervoso autônomo e vários tipos de mensageiros químicos, incluindo muitos hormônios e neurotransmissores. O sistema nervoso autônomo, juntamente com esses hormônios e neurotransmissores, têm papéis fundamentais na produção de sintomas de ansiedade à medida que o corpo se prepara para a ação. Assim, quando nossos corpos sentem algum tipo de perigo ou ameaça, a amígdala, através do hipotálamo, envia uma mensagem ao sistema nervoso autônomo para se preparar para a ação (luta ou fuga).
O SNS tem uma resposta de tudo ou nada. Isso significa que, como nos dominós, se você derrubar um deles, uma cascata começa. Quando o SNS é ativado, faz com que as glândulas adrenais libertem os químicos adrenalina e noradrenalina. Estes também são conhecidos como epinefrina e norepinefrina. Esses produtos químicos agem como o combustível do corpo. Quando os motores do corpo são acelerados, isso produz muitos dos sintomas físicos desagradáveis ​​da ansiedade. Assim como um carro, seu corpo acaba ficando sem combustível. Em outras palavras, não se pode estar no modo de luta ou fuga para sempre. Seu corpo pode ficar sem esses combustíveis de duas maneiras diferentes. Primeiro, uma equipa de limpeza química pode ser despachada para livrar o corpo de adrenalina e noradrenalina não utilizadas. Segundo, o corpo pode ser colocado na posição "desligada" do interruptor, significando que o PNS começa a fazer o seu trabalho de trazer descanso e relaxamento. No entanto, assim como um carro, o corpo não pode parar imediatamente. Deve desacelerar, às vezes mais lentamente do que gostaríamos. Essa desaceleração gradual na verdade tem uma função de proteção. Imagine o homem da caverna novamente. Se um animal selvagem atacá-lo, esse animal pode retornar, ou pode retornar com reforços! Portanto, é melhor que o corpo permaneça um pouco preparado e pronto para o caso de a ameaça retornar.
Portanto, enquanto o PNS está a fazer seu trabalho para trazer um estado gradual de relaxamento, pode demorar um pouco para que alguns desses sentimentos ansiosos e sensações físicas desapareçam. Essas sensações podem incluir: tontura, dor no peito, coração acelerado, sensação de formigueiro, dificuldade para respirar, náusea, dor de estômago, boca seca, e transpiração. Esses sintomas de ansiedade são criados pela ativação do sistema nervoso simpático em preparação para a luta ou fuga. 





Breath me


Não julguem. Há quem peça socorro sem abrir a boca.


Uma vez vi um vídeo de uma rapariga que dizia tão mal de pessoas com perturbação borderline, que parecia falar de monstros. Os comentários não eram nada favoráveis à opinião dela. Talvez fosse alguém traumatizado com uma má experiencia.

O que venho aqui falar é sobre o lado bom, o reverso da moeda.
Todas as pessoas são diferentes e isso naturalmente também acontece com o grau das doenças físicas ou mentais.
Na perturbação de personalidade borderline é igual. Então existem os que têm apenas alguns traços na personalidade e levam uma vida perfeitamente normal, os que vão buscar apenas uma característica ou várias até, da personalidade borderline, e isso pode ou não interferir com a sua vida e a dos outros, os como eu, que vou buscar aspectos a todo o cluster B - narcisista, histriónico, borderline e anti social, sendo uns aspectos mais marcantes que outros, mas não me corto nem tenho vícios, mas interfere em vários aspectos da minha vida, os que apresentam muitos problemas na adolescência mas na idade adulta a melhora é considerável, os que apresentam poucos traços na adolescência mas na idade adulta devido a traumas e situações de extremo stresse, pioram muito, os que se cortam, tentam suicídio, abusam de drogas e álcool… enfim, há muitos graus de gravidade e características diferentes. Algumas inevitavelmente são comuns a todos.

Entendido isto, compreendemos que pais ou tutores de um adolescente ou jovem adulto que se corta, já tentou se matar varias vezes, toma drogas, não é nada, mas nada fácil. É uma constante preocupação e sobressalto, além dos imensos problemas que podem causar em casa. Mesmo assim, entendamos que o fazem por completo desespero, estão doentes da alma e entrando nesse circulo depois é difícil sair. Há tratamento para todos com bons resultados. A questão é dar o 1o passo.

Julgo que a maioria dos casos não chegue a esse extremo, embora haja muitas pessoas que se auto mutilam diariamente.

Porque fazem isso?
Não é contra ninguém. É para se punirem e aliviar a dor interior. A dor física alivia por instantes. Há quem se drogue para poder sair da sua realidade e há também quem tenha atitudes impulsivas e perigosas para conseguir libertar toda a sua raiva. A baixa auto estima faz com que se sintam "um nada"
Vou utilizar a expressão de  uma psiquiatra e escritora que concordo totalmente: "Pessoas borderline, são mentes que amam demais". Sim, porque quase tudo que sentimos é provocado externamente. Um exemplo: um casal de namorados onde ela é borderline. O rapaz decide terminar o namoro e imediatamente nasce dentro dela toda essa raiva, culpa, odio, depressão e muitas vezes auto mutilação ou explosão contra o outro por não conseguir lidar com tal desgosto que a OUTRA PESSOA lhe causou. Esse foi o gatilho. Pode não ser e não é a melhor forma de amar, mas é o amar que sabemos.

Ser borderline é ser o oposto do psicopata. Borderline é 100% emoção e 0% razão. Psicopata é 0% emoção e 100% razão. O que preferem, um borderline ou um psicopata?
Borderline sente demais, o psicopata não sente empatia por ninguém. O borderline é capaz de dedicar toda a sua vida a outra pessoa (com tudo de mau e bom que possa ter). O psicopata não pensa em mais ninguém a não ser nele e muitas vezes é perigoso com os outros para obter o que quer.
A pessoa borderline tem muitas qualidades se forem bem canalizadas. Por exemplo, as artes no geral, devem muito à personalidade borderline.

Tentem ver o lado bom e os bons momentos que podem realmente ser momentos maravilhosos, quando tudo está controlado. No fundo somos pessoas que sentimos demais.

Não usem o preconceito para julgar ou criticar. É fácil falar dos outros quando não se esta no lugar deles. Tentem ajudar com base no conhecimento e no que é possível!


Picture of me


Lindo, lindo...

Convivência


Conviver com pessoas diagnosticadas com transtornos é um desafio diário que requer paciência, compreensão e conhecimento. Oscilações de humor, discussões frequentes e episódios de impulsividade são comuns em ambientes familiares. A situação pode ser ainda mais grave nos casos de BPD

O indivíduo borderline é muito intenso, rápido e extremista. A instabilidade emocional é um padrão desse transtorno. Seja nas relações interpessoais ou na autoimagem. O transtorno de personalidade traz sofrimento para a pessoa e para quem é próximo, com prejuízos nas diversas esferas da vida.
Uma pessoa com o diagnóstico borderline possui hiperatividade emocional e estão constantemente sobre a carga de emoções muito intensas e dificuldade em lidar com as próprias emoções.
Aproveite os momentos bons. Muito equilíbrio. É importante estabelecer limites. Não aceite o papel de vítima e nem de culpado demais. Incentive seu familiar, amigo ou companheiro a procurar ajuda especializada e, se sentir que precisa, procure ajuda também. Quem cuida e convive com pessoas com borderline também pode adoecer.
Para melhorar a convivência, deve procurar compreender as características específicas da personalidade borderline, a fim de entender como as pessoas borderline tendem a reagir e a se comportar diariamente.
É importante manter a rotina domiciliar, sempre atentando para um contato rotineiro entre familiares e amigos próximos, a fim de reduzir o sentimento de rejeição e abandono.
Outra característica importante é saber manter um ambiente domiciliar calmo e tranquilo. A pessoa com BPD é prejudicada na sua capacidade de tolerar o stress no relacionamento (ou seja, a rejeição, críticas, discordâncias) e pode, portanto, se beneficiar de um ambiente calmo em casa. É fundamental ter em mente o quanto que as pessoas com BPD lutam emocionalmente a cada dia. Apesar de sua experiência interna pode ser difícil de explicar o que sentem.
Fique atento às ameaças de suicídio e às automutilações, características do borderline. Nesses casos dê atenção à pessoa, converse e passe tempo com ele, compreenda suas angústias e aflições.

Nem tudo é mau! Pessoas borderline "amam demais" tudo e todos de quem gostam. Poucos são os escolhidos por se sentirem incompreendidos. São pessoas criativas, que gostam e se dedicam às várias artes. São bondosas devido à sua forte empatia.



O que fazer?


Com esta situação do Covid-19, infelizmente milhares de pessoas perderam o emprego.
Para alguém com perturbação de personalidade borderline é mais complicado ainda estar desempregado e enfatizar aquele tédio que todos sentimos, além de todos os problemas inerentes ao desemprego. Não entre em pânico!

Nem só de candidaturas a emprego é feita a vida de um desempregado.

Aliás, se está desempregado e se limita apenas a responder a ofertas de emprego saiba que pode estar a adiar o seu sucesso. Tem dúvidas? A verdade é que quem se encontra numa situação de desemprego, tem como grande objetivo encontrar trabalho o mais depressa possível. Mas nesta ânsia, muitos acabam por desperdiçar uma ótima oportunidade para enriquecerem os seus Curricula Vitae (CV).


Se está desempregado, o essencial é que não se afetar pela pressão de encontrar emprego e muito menos que se deixe arrastar para uma depressão. Aproveite o tempo livre para se manter ocupado. Parece contraditório, mas não é. No fundo, trata-se de tentar tirar partido da sua situação. Aproveite para fortalecer e/ou aumentar as suas competências. Vai ver que os seus esforços serão recompensados e ainda lhe podem valer um novo emprego.
Como? De várias maneiras:

1. Faça voluntariado


Verdade seja dita, tempo não lhe falta e nos dias que correm são cada vez mais os recrutadores que valorizam as experiências de voluntariado. Através destas experiências pode adquirir não só competências pessoais mas também técnicas, que podem ter um impacto forte no seu desempenho laboral.

2. Aposte na sua formação

Sabe aquele workshop que tanto queria fazer? Ou aquela pós-graduação que já traz debaixo de olho há séculos mas na qual nunca teve tempo sequer para se inscrever? Ou aquele curso de um dia sobre um determinado software que gostaria de aprender a utilizar? Agora já pode tratar disso.

Atualmente tem ao seu dispor várias plataformas que disponibilizam vários cursos gratuitos e de boa qualidade.

Embora os cursos online não lhe confiram diplomas, são uma boa forma de adquirir conhecimentos e competências adicionais que o podem ajudar-se a destacar-se num processo de recrutamento futuro.



3. Faça trabalho freelance 


O trabalho em regime freelance é cada vez mais comum no mundo laboral. E, dada a situação do mercado de trabalho nos dias que correm, esta pode ser uma boa forma de se manter ocupado e atualizado, enquanto aproveita para ganhar algum dinheiro extra no final do mês. E se acha que é difícil encontrar trabalho freelance, saiba que o pode fazer no conforto da sua casa. Basta dar uma olhadela nos sites especializados.

4. Crie o seu próprio blog 


Porque não? Tem tempo livre e um computador, só precisa de se sentar e escrever. E se estiver a perguntar-se: escrever sobre o quê?! É simples: escreva sobre o que quiser, seja o seu hobbie ou a sua área profissional por exemplo. Criar um blog é fácil e gratuito. E as vantagens são várias. Além de lhe permitir estar ocupado, pode ser uma boa forma de se tornar “visível” até para os seus recrutadores.

5. Cuide do seu corpo e da sua mente


Já que tem tempo livre cuide da sua saúde. Aproveite para fazer os exames médicos que adiou nos últimos meses (ou anos) e, já agora, para fazer exercício. Lembre-se que deve tentar manter-se o mais positivo possível e para isso nada melhor que cuidar de si.


6. Encontre um hobby ou passatempo que goste

Basicamente, ir atrás de hobbies é buscar um equilíbrio na sua vida, se desligar seu modo automático e fazer coisas que o deixam mais feliz e dão mais prazer.
Muitas vezes a vida atarefada do dia a dia não deixa tempo para mais nada. No entanto todos temos gostos e preferências. Se pensar bem, vai de certeza encontrar alguma coisa que gosta como dançar, cantar, tocar algum instrumento, começar aquela colecção ou po-la em dia, fotografar, cantar, fazer jardinagem, mudar a decoração da casa, ser criativo e experimentar fazer artesanato ou pintar, aprender montes de coisas que explicam no youtube desde maquilhagem a cabelos etc, etc



Nunca vão entender


Quem não sente nunca vai entender... nunca

Maes narcisistas


Não escolhemos nascer, não escolhemos a família que temos. Essa família que tanto apregoam que é o suporte, as mães fazem tudo pelos filhos, é um mito. Nem todas as mulheres têm capacidade de serem mães porque não sabem amar!
Odeio-te pelo que fizeste comigo!

Desabafo


I... am… borderline..

… Mas isso não me tira a responsabilidade por muita porcaria que já fiz. Já bati com a cabeça um milhão de vezes e no entanto continuo a cometer os mesmos erros que levam a tanto sofrimento. Acho que nunca vai mudar. Ainda mais porque não tenho ninguém que me ponha um travão e faça ver a realidade. Sozinha o descontrolo é maior. A vontade de preencher o enorme vazio leva a me agarrar ao que posso. No meu caso é a comida e gastar dinheiro.
Tinha dinheiro da herança do meu pai que dava para anos se tivesse controlo. Mas gastei todo em pouco mais de um ano. Sei que Foi um ano difícil, onde passei um grande desgosto e agarrei-me ao que tinha, a minha gata e dinheiro para comprar tudo o que me apetecia.
E agora? Estou mais uma vez enrascada, desesperada, porque não vai haver nem para o básico. E o básico é também consultas e exames para a minha gata que está muito doente 😢. Ela é tudo que me resta de bom. Nunca me vou perdoar se não conseguir fazer tudo para a ajudar. Prefiro morrer a sentir essa culpa. Eu prefiro morrer sempre… Não sei porque nasci, muito menos porque ainda aqui estou. Será que nasci para sofrer? Eu sei que sou uma pessoa horrível, ninguém gosta da minha companhia, nem mesmo eu… Fui perdendo todos ao longo dos anos até me ver sozinha e não ter sequer vontade de ter alguém que volte a me magoar.
Há dias que a vontade de desaparecer é tão, mas tão grande. Sou uma fraca por ainda não o ter feito. Sou uma fraca em tudo...
Não tenho família, só convivo com 2 pessoas. Não quero estar assim sozinha nesta tristeza. Porque estou aqui?
Ó Deus, dai-me força para acabar com tudo...


Anjo Caido

Alerta para o Suicidio



Nunca tentei me matar mas estive perto disso, como já mencionei aqui no blog. Desde a adolescência que quero morrer. Trato a morte por tu, não tenho problema em falar de morte. A maioria das pessoas não gosta de falar de morte. Ainda é um assunto tabu. Não sei porque? É a coisa mais certa na vida.
Porque é que sempre quis morrer? Acho que porque sempre fui muito infeliz e incompreendida. Além de solitária e sensação de não pertença em lado nenhum.
Quem não me conhece realmente e olha para mim é capaz de dizer em certas alturas que sou alegre bem disposta… mas por trás disso que os outros veem, sempre esteve alguém que se fechava no quarto para chorar e ninguém sabia. Sempre reprimi muito o que estava lá no fundo. Só no ultimo ano é que fiz um esforço para pensar e relembrar muitas coisas passadas. 

Muito do que eu achava que toda a gente sentia não era assim. Só eu sentia e não sabia disso. Uma das piores coisas que uma pessoa borderline tem é não se permitir ser feliz no momento. A ansiedade, e o medo não deixam esquecer que aquele momento vai passar.
Nem todas as pessoas que se matam o fazem por impulso. Aliás está provado que quem realmente tem essa intenção bem definida, faz um plano, nem que não seja só o lugar, a hora. E realmente eu também tinha.
Infelizmente ainda há tanto preconceito em relação ao suicídio. Parece que precisa de ser concretizado para os outros acreditarem. Basta ser um pouco atento para perceber que aquela pessoa tem um risco acrescido e tentar evitar.
Os fatores de risco psicológicos são impulsividade, hostilidade e agressividade, baixa autoestima, dependência, desamparo, solidão, sentimento de falta de pertença (ao grupo familiar, escolar, ou social), que conduz a um isolamento gerador de angústia, perfeccionismo e rigidez de funcionamento psíquico, com dificuldades na adaptação à mudança, negativismo, escassos recursos de “coping” (dificuldades em lidar com o stress). 
É possível prevenir:
O diálogo, cumplicidade, tempo de qualidade em conjunto, adequada relação pais-filhos e amigos são fatores protetores muito importantes, flexibilidade cognitiva, rede familiar, escolar e social de suporte, inexistência de eventos de vida precipitantes, ausência de perdas, atitude positiva perante a vida, tratamento da perturbação psiquiátrica. A escuta empática, a vigilância construtiva, atenção reforçada aos jovens e adultos em risco, por parte dos familiares e outros. 
Nunca vou esquecer esta frase que li "Hoje vou caminhar pela ponte. Se alguém sorrir para mim, eu não me atiro"
Essa frase diz exactamente tudo o que alguém com perturbação de personalidade borderline é e mais quer na vida… atenção e amor dos outros. Isso pode salva-la!
O que leva alguém com perturbação borderline a querer se suicidar?
Quem comete ou tenta o suicídio está num sofrimento psíquico intolerável, sentindo-se desesperado e sem vislumbrar alternativa. Não é por não quererem viver, mas sim porque não aguentam a dor. Muitas vezes fazem-no em momentos de enorme impulsividade. Nalguns casos, porém, existe uma premeditação cuidada. Estes jovens têm habitualmente dificuldades na forma como lidam com a família, escola ou meio social. A maioria encontra-se num estado de isolamento acentuado, conduzindo a uma solidão angustiante.
Portanto “Nunca se deve considerar que uma tentativa de suicídio é apenas PARA CHAMAR A atenção”



Frase motivacional do dia


Atitudes a evitar

5 atitudes a evitar se ama alguém com perturbação de personalidade borderline

Emoções fazem parte do comportamento humano e aprender a lidar com essas manifestação da nossa psique é importante para mantermos qualidade de vida, equilíbrio e relacionamentos saudáveis. No entanto, não é sempre que estamos bem e por diferentes fatores é possível que manifestemos distúrbios psicológicos.


Uma condição de saúde que merece atenção e que ainda é vista de maneira estigmatizada é o transtorno de personalidade borderline, que afeta principalmente as relações interpessoais, causando assim um padrão de instabilidade. Uma pessoa que tem borderline pode apresentar uma impulsividade acentuada, indo do céu ao inferno em um curto período de tempo.


Segundo o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª Ed. 2013) uma característica que costuma ser muito comum em que tem borderline é o medo do abandono ou um desconforto intenso só de pensar em ficar sozinho. O problema é que a forma como o paciente borderline manifesta esse seu incômodo de abandono e solidão pode ser agressivo, exageradamente intenso e um pouco atrapalhado.
Como consequência é comum que as pessoas que estão ao redor não se sintam confortáveis em ficar perto da pessoa com borderline e acabem se afastando. Ou seja, acaba por acontecer justamente o que a pessoa com borderline mais teme.


Como forma de reduzir os momentos de crise e ter mais qualidade de vida é necessário que o paciente de borderline realize acompanhamento médico e terapêutico. Além disso, quem convive com uma pessoa com borderline também pode buscar entender um pouco mais sobre como funciona a mente de uma pessoa que sente esses efeitos na pele.


Ver que os outros recusam seus convites para sair


Se para uma pessoa sem transtorno de personalidade borderline a recusa de um convite para sair significa apenas um acontecimento, uma pessoa que sente na pele o borderline vê aquele fato como um indício de que ele não é amado ou importante. É como se aquela recusa mostre que ninguém faz questão da presença dele. Como se essa rejeição o definisse.

A pessoa com Borderline precisa se sentir amada. Isso não quer dizer que essas pessoas não podem receber um não. É importante ressaltar que aquela pessoa é importante para você, que gostaria de poder estar com ela, mas nesse momento não será possível.

Ver os outros se divertindo e não ter recebido o convite


Da mesma forma, é muito comum vermos pessoas que são do nosso círculo saindo e se divertindo sem a nossa presença. Mas para um paciente com borderline esse tipo de situação também pode ser um gatilho para a tristeza e a sensação de abandono.


Esse tipo de comportamento sempre vai acontecer? Não há como saber. Também não é necessário convidar a pessoa com borderline para todos os eventos. 

Ter compromissos desmarcados


Imprevistos acontecem e não é sempre que as coisas saem exatamente como planejamos. No caso de uma pessoa com borderline pode ser que ela se sinta deixada de lado ou que não é uma boa companhia quando alguém desmarca algo. Novamente, isso não quer dizer que eles sejam irredutíveis e vão culpar todos ao redor, mas podem ficar tristes e precisar de um pouco de atenção. Por isso a empatia é importante.

Falta de clareza na comunicação


Tente não transmitir mensagens menos claras, carregadas de emoções e subjectivas. Da mesma forma, sermões e argumentações, por outro lado, podem aumentar a irritação e levar a discussões infrutíferas ou mesmo a agressões.

Ser ignorado


Em uma pessoa que tem borderline, a experiência de ter uma mensagem ignorada ou com uma grande lacuna de tempo, pode significar que ela não é bem-vinda e que a pessoa a quem a mensagem foi enviada não tem interesse por ela. Não que não seja permitido não responder uma mensagem, mas busque entender, caso ela fique chateada e explique que não foi intencional.

O intuito não é que as pessoas vivam em uma vigília constante a ponto de jamais cometer nenhuma das atitudes citadas. O objetivo é apenas propor uma reflexão e contar um pouco mais sobre como as pessoas com borderline se sentem em relação ao mundo.


E lembre-se: todas as pessoas precisam de validação


Pode ser que ache que os exemplos citados são muito trabalhosos e não valem a pena. No entanto, todas as pessoas precisam de validação, as que têm transtorno de personalidade borderline, necessitam de uma dose extra, porque já experimentaram muita invalidação em suas vidas.

O porquê...

O objectivo do blog

Olá a todos! Sejam muito bem vindos ao meu blog. O intuito deste blog é informar, esclarecer, apoiar quem tem um distúrbio de personalidade,...

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