Tive 3 namorados com relaçoes longas mas nenhum era bom na perspetiva da minha mãe. Porque nenhum tinha um curso superior e não era rico. Logo, eram mais um alvo a criticar pelas costas e envenenar os outros com histórias da cabeça dela.
Os anos foram passando e quando já tinha saído de casa dos meus pais, foi quando comecei a sentir ansiedade e ataques de pânico. Os ansiolíticos surgiram e antidepressivos também.
Mesmo assim tive os meus anos de rebeldia e loucura entre o 1o e o 2o namorado. Descobri com outras pessoas que não era nada feliz naquela relação e que havia muito mais alem daquilo. Eu queria viver isso intensamente. Hoje, olho para trás e reconheço tantas características bordeline nessa altura da minha vida. E foi sempre aumentando. Arrisquei a minha saúde, fiz coisas sem pensar, corri riscos, tudo para me sentir viva. Foram tempos muito intensos mas que adorei.
Até que conheci o 2o namorado pela internet. Falamos algum tempo sem nos conhecermos pessoalmente. Eu já sabia que o amava loucamente antes de o conhecer. Quando o conheci nunca mais o quis largar. Foram os anos mais bonitos da minha vida até começarem as discussões e problemas. Naquela altura dizia que ele era louco, mas eu não era melhor. O transtorno de personalidade tornava-se mais presente ao ponto de ter acabado e recomeçado com ele varias vezes e de cada vez era pior. Fui buscar forças ao fundo de mim para me separar de vez.
Sempre tive poucos amigos, 2 ou 3. Nunca consegui "aturar" as pessoas muito tempo sem me desiludirem ou me fartar.
No ano que perdi o emprego, foi dos piores anos da minha vida. Não só fiquei desempregada como também faleceu o meu pai e foi no mesmo ano que me separei do 2o namorado. So 2 coisas boas aconteceram para o fim do ano. Foi conhecer o que veio a ser o meu melhor amigo e ficar com a minha gatinha de apenas 3 meses, que amo mais que tudo.
(...continua)
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